Rock in Rio Palco Mundo 22 de Setembro
Resumo do dia final de Metal
Kiara Rocks
O segundo dia de metal e o último dia de festival começaram do jeito que os headbangers gostam: nublado, não muito quente e com atrações que prometem um mega show.
A primeira banda a abrir o palco principal foi a brasileira Kiara Rocks. O público a recebeu com desconfiança, mas a banda não deixou isso atrapalhar e fez um show pesado, com participações especiais.
Cadu Pelegrini, vocalista da banda, abriu o show com chapéu à la Lemmy e ”Ace of spades”, do Motörhead, ganhando a simpatia inicial da exigente multidão do metal. A banda enfrentou alguns problemas técnicos na guitarra, mas aos poucos iam se soltando e driblando as falhas.
Para compor seu show, Cadu chamou ao palco o ex-vocalista do Iron Maiden, Paul Di’Anno e o ex-guitarrista do Charlie Brown Jr, Marcão, que ganharam muitos aplausos dos fãs. Juntos, eles tocaram covers dos clássicos do rock pesado: “Highway to hell”, do AC/DC, e “Blitzkrieg bop”, dos Ramones e “Wrathchild”, do Iron Maiden.
Além das covers, a banda tocou oito músicas próprias, todas do disco “Daqui por diante”, de 2013. O público até fez coro de “Kiara, Kiara”, no fim do show. Saíram ilesos do show de abertura de um dos dias mais difíceis do Rock in Rio.
Slayer
Dando aos fãs exatamente o que eles esperavam, Slayer fez um show rápido e pesado, aterrorizando os espectadores mais incautos. O grupo de thrash metal fez um set list em que prevaleceram músicas de “Show no mercy”, “Seasons in the abyss”, “Reign in blood”, “South of heaven” e “World painted blood”.
Apesar de encarar algumas mudanças na formação da banda – Dave Lombardo foi substituído na bateria por Paul Bostaph e Gary Holt assumiu as guitarras após a morte de Jeff Hanneman no início do ano – o show continuou em perfeita sincronia, criando um som harmônico e com a cara do Slayer.
O vocalista Tom Araya sorriu por diversas vezes durante a apresentação, mostrando sua satisfação com o andamento da performance. Terminaram o show com ”Angel of death”, debaixo de muitos aplausos.
Avenged Sevenfold
A banda foi bem recebida pelos fãs, apesar de estar escalada entre duas atracões mais pesadas e conseguiu entreter o público esquentando de vez do meio para o final, graças a “Nightmare” e “This means war”.
O vocalista, M. Shadows contou ao público sua empolgação de tocar para tantas pessoas: ”Tinha um CD quando era pequeno chamado Iron Maiden ao vivo no Rock in Rio”.
Apesar de haver na multidão um fã de Avenged Sevelfold para cada 10 do Iron Maiden, a recepção foi boa e a banda recebeu muitos incentivos do público. Foi o maior show da banda no Brasil, após vindas em 2008, 2010 e 2011 e deixou a multidão prontinha para o maior show da noite.
Iron Maiden
O Iron Maiden fechou o último dia de shows do Rock in Rio 2013, com um dos shows mais esperados da noite. A apresentação foi feito só com músicas lançadas há mais de 20 anos e durou pouco mais de duas horas. Explosões de fumaça, fogos de artifício e labaredas saindo do crânio de um monstro apareceram no show.
A apresentação foi previsível dentro dos moldes já conhecidos pelos fãs de Iron Maiden, mas isso não os impediu de aproveitarem cada segundo. Empolgado, bem humorado e com a voz em ordem, Bruce Dickinson chegou a fazer as vezes humorista. Brincou com sua própria sombra e com o controlador do canhão de luz em “Fear of the dark”, antes do esperado maior coro da noite . Também brincou com o chapéu de piloto que usou em “Aces high”, tocada após vídeo no telão de discurso de Churchill na Segunda Guerra.
Os comentários também foram os de sempre, com o cantor incitando os fãs com os ritualísticos ”scream for me Brasil” e “scream for me Rio”. A surpresa ficou por conta de uma observação feita por Bruce sobre a cerveja brasileira, ”A cerveja daqui é uma m…, eu tive que trazer a minha”, fazendo alusão a cerveja que a banda lançou recentemente com seu nome.
Para fechar o Rock in Rio 2013 com chave de ouro, a banda recebeu um “olê olê olê Maiden, Maiden” para comemorar.
Autorizado: Amanda Dumont (Mesh de Ideias)
