Rock in Rio Palco Mundo 19 de Setembro

Resumo da quinta-feira do RiR 2013

Sepultura - Flavio Moraes (G1)Sepultura e Tambours du Bronx

O show de abertura dessa quinta feira de Rock in Rio foi digno do dia do Metal. Aos gritos e aplausos do público, Sepultura fez mais uma vez uma aclamada parceria com o grupo francês Tambours du Bronx. A colaboração já havia sido realizada em 2011 no palco Sunset.

“Até que enfim o dia do metal chegou!” Foi assim que Andreas Kisser do Sepultura abriu o show, fazendo alusão as reclamações constantes dos rockeiros sobre a quantidade de shows pop no festival.

A apresentação começou animada, com reação positiva do público na música “ Refuse/Resist”. Logo após, Andreas fala aos fãs novamente, dessa vez sobre política: “Vamos mostrar para o mundo que o Brasil não está dormindo. Muda, Brasil”.

No geral, as músicas arrancaram boas reações do público, sedento pelo metal. Eles acompanharam as canções com palmas e cantando junto.

Em comparação a apresentação de 2011, esse ano eles perderam um pouco do impacto, com a guitarra lá em cima no volume e alguns latões do Tambours du Bronx sem a devida amplificação. Mas no final, o saldo foi super positivo tendo como resultado um DVD gravado do show!

 

Ghost - Flavio Moraes (G1)Ghost B.C

A segunda apresentação do palco mundo deixou um pouco a desejar. O grupo sueco que auto intitula seus membros “Nameless Ghouls” e vende seus shows como “missas satânicas” não conseguiu convencer o público do Rock in Rio, que ficou disperso e não acompanhou muito a apresentação.

O vocalista, intitulado “Papa Emeritus”, abriu o show falando português dando boa noite aos fãs. Apesar de arrancar aplausos da multidão, o cantor se viu constantemente pedindo ao público para participar e interagir com a banda.

Durante a apresentação, a plateia ainda foi mais longe e chegou a gritar por “Slayer” e “Metallica”.

Se a intenção de Ghost B.C era assustar o público, eles não conseguiram. Foi um show morno, que acabou confundindo a plateia.

 

Alice in Chains - Flavio Moraes (G1)Alice In Chains

Com a empolgação ainda lá embaixo pelo show de Ghost B.C, Alice in Chains também não cativou muito o público.  As músicas que mais animaram o público foram as antigas “Man in the Box” e “Would”.

William DuVall, cantor que substituiu o falecido Layne Stayley em 2005, apesar de ter boa recepção por parte dos fãs, não convenceu no Rock In Rio.  Ele cantou bem, sem se arriscar nas músicas antigas. O vocalista deixou longos intervalos de silêncio, falando com o público (em português) somente entre os hits “Man in the Box” e “Would”.

O show começou com “Them Bones”, mas a música arrastada fez pouco para animar o público. Com “Dam that River”, o show ameaçou engatar, mas as próximas músicas seguidas de algumas gotas de chuva, esfriaram novamente o clima.

Foi somente com os riffs consagrados de “Man in the Box” que o show mudou de ares.  A banda fechou o set com “Rooster”, ficando com um bom show, mas bem abaixo do nível do Alice in Chains.

 

METALLICA - Flavio Moraes (G1)Metallica

O show mais esperado da noite durou quase 2h30, para delírio dos fãs. A apresentação começou com “It’s a long way to the top (if you wanna rock n’ roll)” do AC/DC, mas veio ao som de vaias do público, que estava irritado com o atraso se 25minutos da banda.

A  multidão acalmou quando Clint Eastwood apareceu no telão e o tema de “Três homens em conflito”, “Ecstasy of Gold”, começou a tocar. Todos acompanharam a música com o tradicional  “ôôôô”.

O repertório foi dominado por músicas mais conhecidas da carreira, onde 18 músicas foram apresentadas.  Poucos clássicos ficaram de fora, como “Fade to Black”.

De bom humor, o vocalista Hetfield  arrancou risos dos fãs, comentando que viu alguns shows da noite.  ”Eu vi o Ghost BC. Ficaram assustados? Teve também Alice in Chains e aí a gente veio aqui e estragou a noite”.

Ao final o vocalista brinca novamente, fingindo não haver mais espaço para música alguma. Ele diz que tem que pegar o carro e ir embora, dormir, mas acaba “cedendo” aos pedidos do público e canta “Seek and Destroy”.  Durante a música, bolas pretas foram arremessadas na plateia. Ao final da música começa o já conhecido ritual de ir a todos os cantos do palco e atirar palhetas e baquetas.

Nas palavras de Lars Ulrich, esse show “foi mais legal do que dois anos atrás.” O público concorda.

 

Autorizado: Amanda Dumont (Mesh de Ideias)